E você acaba pensando que pode esquecer a dor. Você pensa que pode reprimir a angústia que a frustração lhe traz. Você acredita que o tempo te fará esquecer das noites em claro, em que sonhou acordada com algo que nem ao menos possa existir. Eu me entrego; rendo-me, mas não cairei antes de lutar. Vez ou outra sinto pena de mim. E sentir pena de si mesma é como estar além do fim. É como desistir, sem ao menos tentar. Depois de sonhos em vão, nunca mais me permiti a ser a mesma. Viver de lágrimas e falsos sorrisos é cansativo. Ainda continuo tentando achar o elo perdido dentro de mim e, quem sabe, voltar a caminhar na estrada cintilante que eu construi. Porém, eu sei que cultivei alguma coisa, sinto que em certas partes, eu amadureci como pessoa, e ainda assim, eu consigo sorrir, apesar da infinita dor que insiste em permanecer.
