À deriva.

Voltando para casa, nada além de outros nadas na vida. Lágrimas caem ao meu redor e esparramam-se entre os caminhos traçados e quase apagados. Lá fora, em outro mundo, o vento sopra cada vez mais forte e isso se parece com uma história já vista. Os dias passam e eu estou sozinha aqui, sem qualquer valor. Frases feitas não me convencem e o tempo ainda é lento demais, mas não para os que amam. Há palavras que corroem por dentro. Atos que marcam para sempre e, pessoas que jamais voltam para dentro de um coração partido. Mas estou voltando para o meu lar, voltando para o aperto de pequenos sentimentos e esperança. Eu sei que estávamos tendo chances de tentar novamente. Lembra-se quando você me disse que a vida é apenas um fio de ligação, que choca os amores, transformando-os em um só corpo, um só coração?! Por favor, ouça-me enquanto faço uma última pergunta: “Esse é o meu coração? Ou será o seu?” Todos os meus amigos parecem inimigos quando me sinto triste e vazia. Esperei o tempo falar por mim, dizer coisas que eu não consigo, olhando para você. Então, eu esquecerei o amor e tentarei manter a minha cabeça erguida, sem pressa, porque estou à deriva. À espera de morrer. Apenas, leve-me ao seu amor, seja lá como for, pela última vez. São pequenas coisas que me fazem falta, como dizer te amo todos os dias e poder sentir que um único alguém se faz presente, para tornar recíproco todo esse amor. São pequenas coisas que me fazem falta, quando estou por baixo de tudo, todos os dias.