Quem acredita sempre alcança

Tinha nas mãos um livro e um bilhete rasgado. No rosto, gotas de ansiedade. Os lábios vermelhos e pouco machucados de tanto mordê-los com força. Sentia como se pudesse flutuar, com borboletas no estômago. Algo revirando-se dentro dela. Estava incomodada com alguma coisa, mas não podia dizer o que era, pois não sabia ao certo. Olhava as horas de minuto em minuto. O tempo não passava, se arrastava lento demais. Mas para ela, só para ela. Preocupava-se em ocupar sua mente, mas já estava ocupada em pensar em outras coisas. E mesmo convencida de que perdera alguém muito importante para sempre, não desistia de esperar a sua volta. Sente que não há mais nada que possa fazer. Tem um vazio dentro de si, e até o seu coração parece bater de um jeito insignificante. Mas apesar de tudo, da espera e do desconforto, havia algo que ela esperava e sabia que um dia chegaria. A felicidade. Fechou seus olhos e ficou esperando essa tal felicidade bater.