Cartas ao coronel

Ainda espero o dia em que não haverá mais scraps, nem cartas ao coronel, muito menos mensagens no celular de madrugada, o dia em que recolher e-mails novos já não está mais na moda. Não se trata de meios de comunicação que se foram; é pelo simples fato de o terem excluído da tal rodinha de amigos avançados; e que dizem que tecnologia não está mais à venda. Espero na janela ainda, já que dizem que os aparelhos eletrônicos estão fora de moda. Acho que vou viver na década de 1930; em que modernidade não era o problema, e que o celular nem na minha idade a minha mãe tinha. Mas eu sei que ainda vou conseguir enxergar você, no meu perfil mental; e não vou contar a mais ninguém que eu te visito nos meus meios tecnológicos esquisitos até certo ponto. E ainda assim, quando eu estiver no século retrasado, vou ocupar minha mente com coisas meio depressivas. Vou ler um livro meio café-sem-açúcar; e talvez eu continue a escrever, se até lá já existir palavras. Será que ainda assim haverá filosofia? Talvez, quem sabe?!