Sozinha

Eu olhei ainda sem esperança, para o céu; não pudera acreditar que estava sozinha naquele momento. Fico fora de cogitação dos meus momentos mais íntimos, pelo sentimento que me nego a ver. Nesse instante mortal, em que todos os detalhes se encaixam, mesmo sem querer, estava no lugar certo, na hora errada, sem conclusão. Tão longe de qualquer castigo tremendo, mas tão perto do vento que insiste em soprar a favor. Parece graça, uma salvação, às vezes brincadeira de criança, que por R$1,50 diz-se vencedor da maior vitória. Apostando na parte daquele amor inconsciente sem medo ou pavor. É natural, em troca de qualquer prazer. E tremi involuntariamente quando dedos gélidos e ásperos tocaram o meu pescoço, em um leve toque anormal. Algo disfarçado que de algum modo, esperava uma recompensa ou pensava ser correspondido. Sentença que nunca teria fim, ou teria?