Foi bom só enquanto durou

Depois de um certo tempo, eu vomitei aquelas canções e poemas que você fez pra mim no escuro da noite. Não digo que esqueci, mas lembrei de destruir todo o nosso encanto. A última música, o último milagre, a última lágrima; tudo isso foi embora com você, e de mim você não leva nada! Lembro-me de quando eu te contava meus defeitos embaixo da chuva que caía no inverno repentino, marcado pelo frio do seu corpo. Só pra mostrar a felicidade que existe em mim eu deixo a porta entreaberta, mesmo trancada por cima, só pra eu ver que você ainda espia escondido, sem que eu finja ver. Porque fomos duas pessoas normais; sempre esperávamos para ver o outro lado da vida; como planejar o mundo em uma nova hipótese! Faz cara de sério que eu com cara de mentira pareço estar gostando. Na entrada da casa velha que costumávamos nos esconder o vento bate, como se fosse alguém querendo saber o que há por dentro. Esse sentimento deve ser tocado bem no fim, onde existe o final do caminho escuro. Não vale mais a pena lembrar de você e seus tons meio amargos, pois isso não é mais um segredo.