Death to me

Não é mais uma velha carta de amor que entrego em suas desenhadas mãos de encanto. É apenas mais um papel cheio de palavras sinceras de uma poetiza que agoniza em suas lágrimas derramadas em forma de sangue, manchando todo o surrado papel insignificante. Quando cada letra, que formam versos de puro amor, perderem a graça, buscarei no céu uma estrela que me faça sorrir, cantarei uma canção qualquer e darei a ela o nome de um encanto eterno. Porém, se nada for lido, se meus gritos silenciosos não forem ouvidos, descansarei em paz em meu acalanto de confortos e graças surreais. Deixarei então, o vento soprar, levando a letra de meu poema sem destino, com lágrimas que rolarem um uma face sem nome. Eternizarei minha obra que se faz presente e guardarei no meu baú cada suspiro arrancado de ninguém. Lembrarei de cada detalhe que não vi ou vivi. Voltarei de vez em quando para visitar, nos meus sonhos, um alguém que nada quis. Encantei-me sem precisão, com teus olhos verdes, que mais pareciam gotas do mar, onde me afoguei nos prantos derramados sem por que. Ouvi e acreditei, um dia, que com você eu jamais me perderia. Mas, no fundo, as palavras se tornaram sem sentido, porque cartas já não existem mais. Não deixe que essa falsa realidade, estrague essa paixão. Mais uma vez, estou disposta a viver belos absurdos e ouvir palavras que me recordem àquela velha carta de amor. Dá-me o gosto que procuro?!