Qualquer vestígio de felicidade

Longe de qualquer razão, olhando uma tarde de primavera qualquer, ouvi as batidas de um velho coração, senti o sangue quente pulsando em minhas veias, quase sem rumo, em linhas tortas. Enquanto as flores se enchiam de tanta beleza, a esperança que restara do meu amor se esvaia. Um dia inteiro sem canto, sem você. Qualquer coisa valeria se me dessem vontade em ouvir algo sobre você. Trata-se apenas de uma vida proibida, tomada por tristezas. Restara de meu corpo um amor ferido, com hematomas, que eu posso ter certeza que nunca cicatrizará. Repouse em meu coração, oh!, grande estrela que sacia o meu céu, em busca de grande amor. Uma paixão pelo menos durará até o fim de mais um dia exaustivo com vontade de cantar as alegrias que restam ao menos uma vez. Felicidade que passou por mim, dure apenas enquanto uma fração de mim estiver em grande harmonia. Primavera que agoniza, vá embora e deixe entrar a amargura de um verão que queima dolorosa e intensamente a dor de meu pesar.